UM IMAGINÁRIO POSSÍVEL: RUMO AO COSMOPOLITISMO JURÍDICO - 10.12818/P.0304-2340.2017v70p435

Autores

  • Jânia Maria Lopes Saldanha
  • Rafaela da Cruz Mello

Resumo

O artigo propõe-se a analisar, em um contexto de mundialização e de hibridismo nas relações internacionais, a estética do caos, sobretudo na esfera jurídica e a possibilidade de uma poética cosmopolita como alternativa para compreender as complexas vicissitudes da mundialização. Compreendendo que a antiga premissa de paz perpétua que engendra o cosmopolitismo kantiano passa a ser hoje substituída por valores de justiça, os quais demonstram a dualidade de uma destinação cosmopolítica do direito diante do modo como o direito se cosmopolitiza, o problema de pesquisa que norteia o trabalho é: No contexto da mundialização presenciado no século XXI, é possível compreender de modo pluralista as relações transnacionais entre os diferentes atores internacionais e sujeitos de direito internacional sob a ótica moderna de entendimento do mundo? Poderia o cosmopolitismo, em sua forma jurídica, ser uma lente de observação capaz de favorecer a pluralidade da mundialidade das relações em detrimento da sobreposição das vontades de um ator sobre os outros? Utilizando-se o método dialético para opor uma estética do caos diante de uma proposta cosmopolita, conclui-se que o apego a ótica moderna para compreender conceitos como o de Estado e de direito inviabilizam o pleno entendimento dos fenômenos da mundialização, de modo que, a proposta de um ponto de vista cosmopolita é a resposta encontrada para valorizar o pluralismo e o hibridismo das relações transnacionais da atualidade.

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Publicado

2017-12-29

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Seção

Artigos