REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais UFMG pt-BR REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 0304-2340 PALAVRAS DO CONSELHEIRO AFFONSO PENNA NO LANÇAMENTO DA REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p481 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2744 <p>Editorial do primeiro número da Revista, assinado por seu diretor, o Dr. Affonso Penna, também<br />presidente do Estado de Minas Gerais à mesma época. Conservamos a ortografia da época.</p> Affonso Penna Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 481 484 10.12818/P.0304-2340.2024v85p481 EDITORIAL - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p11 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2747 Tereza Cristina Sorice Baracho Thibau Lucas Carlos Lima Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 11 14 10.12818/P.0304-2340.2024v85p11 EXPEDIENTE https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2745 Tereza Cristina Sorice Baracho Thibau Lucas Carlos Lima Rosali Ramos Diniz Vítor Gandelman Prando Stephanie Ferreira de Melo Andrade Sofia Araújo Oliveira Pereira Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 DOS PÚLPITOS DOS CARDEAIS ÀS CÁTEDRAS DOS JURISTAS: O USO DA COR PÚRPURA NA LITURGIA DA VIRTUDE DA ORDO IURIS ACADÊMICA ENTRE MEDIOEVO E MODERNIDADE - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p17 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2748 <p>Os elementos cromáticos desempenharam no <br />campo simbólico dos universos medieval e <br />moderno um papel significativo, com impacto <br />na política e no direito, delimitando categorias <br />e salientando hierarquias. Transpassado por <br />um e por outro, a ordo iuris acadêmica não teria como permanecer insensível a tal impacto, <br />constituindo-se em um espaço de consolidação <br />de um “direito das cores”. Inspirados nos cânones da Igreja e nas cerimônias nobiliárquicas, os professores de direito, aos quais vinha <br />frequentemente outorgada a função de organizar os fatos e acomodá-los em normas antigas ou recentes, souberam transplantar desses <br />para as solenidades acadêmicas os elementos <br />cromáticos, usando-os como instrumento de <br />legitimação na vida universitária. O uso da <br />púrpura, cor que na liturgia católica recorda <br />o sangue do martírio, mas também os dons <br />do Espírito Santo, vem concedido pelo pontífice aos catedráticos de direito, tornando-se <br />também símbolo das virtudes acadêmicas dos <br />juristas. Servindo-se dos pressupostos teóricos oferecidos pela concepção de ordo medieval <br />de Paolo Grossi, pelo “direito das cores” de <br />António Manuel Hespanha e pela iconografia <br />jurídica de Georges Martyn, esse artigo tem <br />por objetivo analisar as etapas percorridas no <br />itinerário histórico de transplante dos elementos simbólicos da cor púrpura dos púlpitos dos <br />cardeais da igreja às cátedras dos juristas nas <br />universidades, servindo como instrumento de <br />distinção dos professores de direito. Para isso <br />serão analisados por primeiro os cânones que <br />regem a liturgia das cores na Igreja e o papel <br />nessa da cor vermelha, seguida pela sua legitimação e uso nas universidades medievais pelos <br />catedráticos de direito e, por fim, sua consolidação na Idade Moderna nos ritos e paramentos acadêmicos do estamento dos juristas.</p> <p>PALAVRAS-CHAVE: História do direito. História<br />das universidades. Cerimônias acadêmicas.<br />Vestuário acadêmico. Direito das cores.</p> Arno Dal Ri Júnior Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-31 2024-10-31 85 17 46 10.12818/P.0304-2340.2024v85p17 OS REFLEXOS DO ATIVISMO JUDICIAL EM FACE DA AMPLIAÇÃO DO ACESSO AO PODER JUDICIÁRIO COMO INSTRUMENTO DE TUTELA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p47 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2750 <p>O ser humano está no centro de proteção do <br />ordenamento jurídico brasileiro, daí porque <br />todos os Poderes do Estado, quais sejam, o <br />Legislativo, o Executivo e o Judiciário, estão <br />incumbidos de garantir os direitos que protegem o seu bem-estar, desenvolvimento e dignidade, como os direitos da personalidade. <br />Tem-se, assim, como objetivo da presente pesquisa, analisar como o ativismo judicial pode <br />ser entendido e, com fundamento no amplo <br />acesso aos tribunais e na dignidade humana, <br />como ele funciona no que se refere à tutela <br />dos direitos da personalidade. A partir do método dedutivo e da metodologia bibliográfica <br />e documental, utiliza-se da análise de diversas obras e artigos científicos, bem como da <br />legislação interna e de julgados do Supremo <br />Tribunal Federal relacionados à personalidade <br />humana. Conclui-se que, não obstante a separação dos Poderes incumba a cada um funções <br />específicas, sendo eles independentes um dos <br />outros, quando se trata da tutela de direitos <br />essenciais o indivíduo não pode ficar à mercê <br />da atividade legislativa e executiva, por vezes <br />ineficiente e morosa, razão pela qual, ainda <br />que não de forma irrestrita, tem-se no Poder <br />Judiciário um instrumento de tutela dos direitos da personalidade quando os demais Poderes não a fizerem.</p> <p>PALAVRAS-CHAVE: Ativismo judicial. Dignidade humana. Direitos da personalidade. <br />Poder Judiciário.</p> Daniely Cristina da Silva Gregório Rodrigo Valente Giublin Teixeira Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 47 64 10.12818/P.0304-2340.2024v85p47 DIREITOS LGBTQ+ ENTRE ESTUDOS INTERNACIONAIS QUEER E A JURISPRUDÊNCIA DA CORTE EUROPEIA DE DIREITOS HUMANOS - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p65 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2752 <p>O presente artigo analisa os contornos normativos de litígios envolvendo Estados e <br />indivíduos submetidos à Corte Europeia de <br />Direitos Humanos e que discutem o reconhecimento de direitos fundamentais de pessoas <br />LGBTQ+. O trabalho busca examinar como a <br />jurisprudência da Corte tem enfrentado a aplicação de direitos LGBTQ+ e a interpretação <br />de questões relativas ao direito à identidade de <br />gênero. A partir de uma análise orientada para <br />os estudos internacionalistas queer (‘queer <br />international studies’), o trabalho explora as <br />potencialidades de construção de uma jurisprudência internacional baseada na ruptura <br />e transformação, orientada para o reconhecimento de direitos de gays, lésbicas, transexuais, intersex, bem como, promover o estudo <br />dos reflexos da teoria queer no direito internacional. A investigação parte da pesquisa teórico-investigativa, legal-comparativa e do método indutivo, considerando a relevância dos casos submetidos à Corte Europeia de Direitos <br />Humanos e a necessidade de interpretação dos <br />preceitos legais e constitucionais, a partir da <br />teoria queer. A proposta recupera, igualmente, <br />objetivos de proteção do direito à diversidade, <br />à autodeterminação da comunidade LGBTQ+ <br />e a aplicação efetiva de direitos fundamentais <br />em escala global. Desse modo, a despeito da <br />expansão de liberdades e garantias no sistema <br />europeu de direitos humanos nas últimas décadas, do alargamento do âmbito de aplicação <br />de direitos LGBTQ+ e de uma interpretação <br />dinâmica e evolutiva do texto da Convenção <br />Europeia, conclui-se pela necessidade de construção de uma jurisprudência autenticamente <br />queer para esses grupos minoritários. O aumento da procura desses grupos para fazer <br />valer seus direitos na ordem internacional ultrapassa a concepção de distinções binárias – <br />como masculino/feminino e redução a vieses e <br />estereótipos-, possibilitando a aperfeiçoamentos de aspectos sociais, éticos e científicos do <br />direito internacional de direitos humanos na <br />Europa.</p> <p><br />PALAVRAS-CHAVE: Direitos LGBTQ+. Direito Internacional dos Direitos Humanos. <br />Estudos ‘queer’. Corte Europeia de Direitos <br />Humanos.</p> Fabrício Bertini Pasquot Polido Mariana Karla de Faria Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 65 88 10.12818/P.0304-2340.2024v85p65 O MENOR, O LOUCO E A MULHER DESONESTA: SUBJETIVAÇÃO E PUNIÇÃO NO SISTEMA DE JUSTIÇA - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p89 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2754 <p>O artigo tem como objetivo analisar a atuação <br />do Poder Judiciário em três situações jurídicas <br />distintas – o estabelecimento do toque de recolher para crianças e adolescentes por meio de <br />Portarias Judiciais; a internação compulsória <br />de dependentes em drogas e o julgamento de <br />processos judiciais de estupro – verificando os <br />sentidos de moralidade, normalidade e punição presentes no Sistema de Justiça em cada <br />um desses casos. Nesse sentido, procura identificar o processo de construção de subjetividades relacionadas às situações descritas – o <br />“menor”, o “louco” e a “mulher desonesta” <br />–, verificando sob quais aspectos divergem da <br />legislação atualmente em vigor no país. O trabalho foi realizado a partir da análise de documentos legislativos – Constituição Federal, <br />Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº <br />10.216/2001, dentre outros – e da pesquisa bibliográfica, destacando, no caso desta última, <br />os conceitos trabalhados por Michel Foucault <br />em suas obras.</p> <p><br />PALAVRAS-CHAVE: Poder Judiciário. Toque <br />de recolher. Internação compulsória. Estupro. <br />Subjetivação. Michel Foucault.</p> Fernanda Andrade Almeida Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 89 107 10.12818/P.0304-2340.2024v85p89 SOLIDARIEDADE E TRANSPARÊNCIA: O IMPACTO DAS REFORMAS NO REGISTRO DE IMÓVEIS E O COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO NO BRASIL - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p109 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2755 <p>O Brasil tem implementado estratégias robustas para combater a lavagem de dinheiro, integrando a atuação dos registros de imóveis, <br />o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e a atividade notarial. A recente promulgação do Provimento n. 161/2024 <br />pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) <br />visa aprimorar o processo de comunicação de <br />operações financeiras suspeitas, reduzindo a <br />frequência de comunicações obrigatórias e aumentando a qualidade das informações reportadas. Este provimento destaca a necessidade <br />de documentação detalhada dos meios de pagamento em transações imobiliárias e a identificação das partes envolvidas, como pessoas <br />politicamente expostas. O papel dos cartórios <br />é fulcral: é um meio de controle da garantia da <br />transparência e da integridade das transações <br />imobiliárias, consentâneo com o princípio da <br />solidariedade. Este princípio permeia o espírito destas reformas, refletindo um compromisso com a promoção de um ambiente econômico transparente, justo e seguro.</p> <p><br />PALAVRAS-CHAVE: Lavagem de Dinheiro. <br />Provimento n. 161/2024. Registro de Imóveis. <br />COAF. Solidariedade.</p> Fernanda Ferrarini Gomes da Costa Jorge Renato dos Reis Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 109 126 10.12818/P.0304-2340.2024v85p109 A DUPLA CLASSE DE AÇÕES E SUA IMPLICAÇÃO PARA ESTRUTURA DAS ORGANIZAÇÕES - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p127 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2762 <p>Este artigo visa compreender as implicações da <br />dupla classe de ações para a estrutura de uma <br />organização, sobre o mercado e o negócio. Ao <br />longo do tempo, um conflito vem se concentrando na dicotomia entre adotar posturas <br />de governança corporativa, com fundamento <br />nas políticas de ESG, e, o desejo da captação <br />de capital junto ao mercado, considerando os <br />interesses dos investidores, frente ao foco do <br />controlador de manter o poder sobre o negócio. Assim, o artigo analisa as implicações da <br />dupla classe de ações sob a perspectiva das <br />teorias corporativas e suas premissas, ao mesmo tempo que observa as relações da voz do <br />investidor, seja para manter-se, seja para sair <br />do negócio. Discute as regulamentações surgidas ao longo do tempo acerca da dupla classe <br />de ações, inclusive legislações recentes. E, então, discutir a maximização de valor ao acionista frente a dupla classe de ações e a percepção do mercado frente a adoção do modelo de <br />classes. Portanto, a discussão acerca do tema <br />ainda está longe de uma congruência, mas já <br />acende a discussão da importância das empresas para a sociedade, sua participação para <br />construir uma sociedade engajada e, portanto, <br />como as empresas sinalizam ao mercado suas <br />intenções de controle que equilibrem(alinhem) <br />o poder e a maximização de valor ao acionista <br />e de mercado.</p> <p>PALAVRAS-CHAVES: Dupla classe de ações. <br />Supervoto. Sinalização. Maximização de valor. <br />Lógica Financeira.</p> Gilberto do Couto Santos Orlando Celso da Silva Neto Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 127 156 10.12818/P.0304-2340.2024v85p127 FUNDAMENTO FILOSÓFICO-JURÍDICO DA SOLIDARIEDADE - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p157 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2769 <p>O texto tem como objetivo analisar a categoria filosófica cuidado na perspectiva heideggeriana como fundamento da solidariedade <br />na dimensão jurídica. Isto deve-se ao fato <br />de Heidegger designar o cuidado como ser-<br />-no-mundo ao vincular a relação do cuidado<br />consigo e com o mundo, interligando a vida <br />como um todo. A partir desta compreensão, <br />encontra-se a relação direta com a solidariedade (também como comando normativo), <br />já que ser solidário implica responsabilizar-se <br />pela própria vida e pelo mundo a sua volta a <br />partir de si, constituindo direito e dever jurídicos. Assim, a solidariedade, mesmo no âmbito <br />jurídico, manifesta o cuidado consigo e com o <br />outro (mundo). Manifesta-se as dimensões individual e social. O método empregado é o dedutivo, pois ao estabelecer alguns parâmetros <br />da teoria de Heidegger, situou-se os elementos <br />vinculados à concepção de Direito adotada <br />neste trabalho. Os instrumentos de pesquisa, <br />como requer a natureza do tema, foram bibliográficos.</p> <p><br />PALAVRAS-CHAVE: Cuidado. Filosofia. Fundamento. Heidegger. Solidariedade.</p> Guilherme Camargo Massaú Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 157 170 10.12818/P.0304-2340.2024v85p157 NAVEGANDO PELO CENÁRIO REGULATÓRIO DOS PADRÕES VOLUNTÁRIOS DE SUSTENTABILIDADE NO COMÉRCIO INTERNACIONAL DE ALIMENTOS: UMA INTERAÇÃO MULTILATERAL - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p171 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2770 <p>Os padrões voluntários de sustentabilidade <br />(VSSs) são critérios não obrigatórios criados <br />para promover práticas sustentáveis em <br />toda a cadeia de suprimentos global. Esses <br />padrões são particularmente predominantes <br />no setor agroalimentar, onde visam apoiar <br />objetivos mais amplos de políticas públicas, <br />como produção sustentável de alimentos, <br />bem-estar animal, estilo de vida saudável e <br />condições de trabalho. Desafios significativos <br />surgem do fato de que os VSSs, apesar <br />de sua natureza voluntária, geralmente <br />impõem um efeito obrigatório na cadeia de <br />suprimentos global. Além disso, muitas vezes <br />não apresentam características facilmente <br />identificáveis do próprio produto. Isso <br />cria problemas sistemáticos para o sistema <br />global de comércio de alimentos, em que <br />a regulamentação convencional aborda <br />medidas governamentais sobre produtos <br />com características inerentes específicas <br />que podem ser claramente identificadas no <br />produto final. Este artigo explorou a interrelação entre VSSs privados, regulamentações <br />nacionais e tratados internacionais no setor <br />agroalimentar. Destaca-se a ambiguidade em <br />torno da estrutura regulatória para VSSs de <br />acordo com o direito da Organização Mundial <br />do Comércio (OMC), observando a ausência <br />de um consenso sobre como as disposições <br />relevantes devem ser interpretadas. Apesar <br />da diversidade entre os diversos VSSs, este <br />artigo defende o potencial de harmonização e <br />equivalência entre os VSSs. Ao alinhar vários <br />VSSs e regulamentos técnicos, é possível encontrar um equilíbrio entre a liberalização <br />do comércio e a promoção de práticas <br />sustentáveis.</p> <p><br />PALAVRAS-CHAVE: Padrões voluntários <br />de sustentabilidade. Regulamentação de <br />alimentos. Direito da OMC.</p> Jiangyuan Fu Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 171 199 10.12818/P.0304-2340.2024v85p171 GARANTIAS ESTATAIS PARA A SEGURANÇA DAS INSTALAÇÕES DE PETRÓLEO E GÁS OFFSHORE NO ÂMBITO DO DIREITO INTERNACIONAL E DO DIREITO IMIGRATÓRIO - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p201 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2771 <p>Instalações offshore de petróleo e gás são <br />estruturas independentes que são vulneráveis <br />a perturbações e ameaças. Assim como navios, <br />instalações offshore de petróleo e gás também <br />têm bandeiras nacionais e instrumentos legais <br />que as protegem. De acordo com o direito <br />internacional, instalações offshore de petróleo <br />e gás são protegidas pelo Protocolo de Roma <br />para a Supressão de Atos Ilícitos contra a <br />Segurança de Plataformas Fixas Situadas na <br />Plataforma Continental de 1988. É notado <br />que houve vários incidentes de perturbações <br />e ameaças que ocorreram em instalações <br />offshore de petróleo e gás ao redor do <br />mundo. Alguns eventos são bem registrados e conhecidos pelo público, enquanto alguns <br />eventos não são de consumo público. Até <br />agora, operadores de instalações offshore <br />de petróleo e gás receberam garantias legais <br />para a segurança de suas instalações tanto <br />em alto mar quanto no território marítimo <br />de um país com base no direito internacional, <br />direito territorial e direito inerente de acordo <br />com a cidadania da instalação offshore de <br />petróleo e gás. Por meio deste artigo, o autor <br />pretende explicar as potenciais ameaças e <br />perturbações em instalações offshore de <br />petróleo e gás e exemplos concretos de eventos <br />que ocorreram. Outro objetivo é explicar <br />como os instrumentos legais internacionais <br />e a lei de imigração protegem as instalações <br />offshore de petróleo e gás dessas ameaças <br />e perturbações. Por meio de pesquisa legal <br />normativa, este artigo descreve uma série de <br />ameaças e perturbações e as leis internacionais <br />e nacionais que surgiram para protegê-las e <br />sua aplicação no campo.</p> <p><br />PALAVRAS-CHAVE: Instalações offshore. <br />Direito internacional. Direito de imigração. <br />Perturbação e ameaça.</p> Koesmoyo Ponco Aji Sayed Fauzan Riyadi Jamin Ginting Henry Soelistyo Budi Anindito Rizki Wiraputra Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 201 222 10.12818/P.0304-2340.2024v85p201 HISTÓRIA E CONSTITUCIONALISMO DO GRÃO-DUCADO DE LUXEMBURGO: BREVES NOTAS - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p223 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2773 <p>O texto fornece uma abordagem breve e geral da história da formação do Luxemburgo, <br />enfatizando o cenário constitucional do país, <br />apresentado em três seções. O primeiro destaca os eventos históricos e formais que levaram <br />ao Luxemburgo moderno. No segundo, são <br />expostos os momentos constitucionais mais <br />importantes do século XIX, com comentários <br />sobre as Constituições de 1841, 1848, 1856 <br />e 1868. No terceiro, comentam-se as reformas políticas e constitucionais do século XX, <br />considerando as I e II Guerras Mundiais, com <br />a intenção de expor algumas das principais <br />características do Grão-Ducado, como a sua <br />abertura à esfera internacional, ações constitucionais para a integração da Europa, e os <br />principais diplomas normativos, que exibem <br />o compromisso com os Direitos Humanos e <br />Fundamentais, considerando dinâmicas específicas das relações dos poderes do Estado.</p> <p><br />PALAVRAS-CHAVE: Constitucionalismo do <br />Luxemburgo. História do Luxemburgo. Direitos Humanos e Fundamentais</p> Lucas Reckziegel Weschenfelder Gabrielle Bezerra Sales Sarlet Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 223 243 10.12818/P.0304-2340.2024v85p223 A IDENTIDADE COMO DIREITO DA PERSONALIDADE: O REGULAMENTO DISCIPLINAR DA ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO E ASSISTÊNCIA AOS CONDENADOS (APAC) E A DESPERSONALIZAÇÃO DO SUJEITO ENCARCERADO - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p245 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2772 <p>O presente artigo procura abordar o fenômeno<br>da Associação de Proteção e Assistência aos<br>Condenados (APAC), conferindo um enfoque<br>especial para o estudo de seu regimento disciplinar.<br>A referida associação, será apresentada<br>no trabalho como uma espécie de instituição<br>prisional autogovernada, criada com o objetivo<br>de reestruturar o cenário carcerário brasileiro.<br>Com isso, se tem que o objetivo geral da<br>pesquisa resume-se em uma análise acerca da<br>possibilidade do regimento disciplinar do sistema<br>APAC acabar violando o direito à identidade<br>dos apenados, analisado neste trabalho<br>com um direito da personalidade. Assim, como<br>pergunta de pesquisa, procura-se analisar se o<br>regimento disciplinar do sistema APAC, em<br>razão de suas sanções disciplinares, pode se<br>apresentar como um instrumento de despersonalização<br>do sujeito encarcerado, violando o<br>direito personalíssimo à identidade dos indivíduos que cumprem pena nos estabelecimentos<br>prisionais desenhados pela associação. Para o<br>desenvolvimento do trabalho, fora utilizado<br>o método de abordagem hipotético-dedutivo<br>e as técnicas de procedimento da pesquisa bibliográfica<br>e da pesquisa documental. Como<br>conclusão da pesquisa, tem-se que o direito à<br>identidade dos encarcerados, compreendido<br>no trabalho como um direito da personalidade,<br>pode ser violado pelas sanções disciplinares<br>particulares dispostas no regimento disciplinar<br>do sistema APAC.</p> <p><br>PALAVRAS-CHAVE: Identidade. Direitos da<br>Personalidade. Associação de Proteção e Assistência<br>aos Condenados. Regulamento Disciplinar.</p> Luís Gustavo Candido e Silva Gustavo Noronha de Ávila Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 245 263 10.12818/P.0304-2340.2024v85p245 ECO-TRIBUTAÇÃO E A ECONOMIA DO MEIO AMBIENTE: UMA ANÁLISE À LUZ DA TEORIA DOS SISTEMAS DE NIKLAS LUHMANN - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p265 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2763 <p>O presente artigo analisa o uso da tributação<br>como ferramenta apta à proteção ambiental.<br>Inicialmente, busca-se compreender as possíveis<br>contribuições do Direito (Tributário),<br>sob o viés da “comunicação” intersistêmica e<br>ecológica, a fim de promover o meio ambiente<br>natural. Observa-se na extrafiscalidade a<br>aptidão de direcionamento de condutas dos<br>particulares para a consecução de fins almejados<br>pelo Estado. A grande questão enfrentada<br>decorre da possibilidade, ou não, da instituição<br>de tributos que absorvam a complexidade<br>ambiental, de maneira a abranger os códigos<br>“lícito”, “sustentável” e “lucro”, compatibilizando-<br>se respectivamente com o Direito,<br>Ecologia e Economia. A análise recorreu à<br>pesquisa bibliográfica e normativa, através do<br>método lógico-dedutivo, e para a implementação<br>desses instrumentos fiscais perpassa pela<br>Teoria dos Sistemas de Niklas Luhmann. Ao<br>final, demonstra-se a aptidão do tributo para<br>fomentar a alteração de condutas poluidoras<br>lícitas, porém indesejadas, como um acoplamento<br>entre os sistemas econômico e jurídico.</p> <p><br>PALAVRAS-CHAVE: Ecologia. Teoria dos Sistemas.<br>Extrafiscalidade. Eco-tributação.</p> Luiz Augusto Agle Fernandez Filho Jadson Correia de Oliveira Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 265 289 10.12818/P.0304-2340.2024v85p265 O CONCEITO DE “ATAQUE ARMADO”, ATORES NÃO-ESTATAIS, E O USO DA FORÇA NO DIREITO INTERNACIONAL: RUPTURA OU CONTINUIDADE? - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p291 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2767 <p>O direito internacional que regulamenta o uso<br>da força se funda na sua proibição geral pelo<br>esquema da Carta das Nações Unidas, Artigo<br>2(4). Uma das únicas exceções à proibição está<br>no Artigo 51 da Carta, que prevê que o uso da<br>força em legítima defesa é legal em resposta a<br>um ataque armado. Um dos debates que surge<br>é sobre quem poderia cometer ataque armado<br>para fins de aplicação do artigo 51. Para a<br>Corte Internacional de Justiça em Nicarágua1,<br>um ataque armado somente pode ser cometido<br>por um Estado contra outro Estado – a<br>CIJ exige o “envolvimento substancial” de um<br>Estado para que o ataque armado se configure.<br>Após o 11 de Setembro de 2001, ganhou<br>força o entendimento de que ataques armados<br>podem ser cometidos por atores não-estatais,<br>especificamente grupos terroristas, ampliando<br>as possibilidades de emprego da força em legítima<br>defesa. Surge também neste contexto a<br>doutrina do Estado “indisposto ou incapaz”<br>de suprimir a ameaça terrorista, que segundo<br>alguns abriria terceiros Estados inocentes<br>à intervenção armada externa. Este artigo se<br>debruça sobre as diferentes perspectivas em<br>relação ao tema, apontando divergências na<br>prática estatal e de organizações internacionais,<br>doutrina, e jurisprudência sobre o ratione<br>personae do ataque armado. As conclusões da pesquisa são de que esse é um ponto “em<br>negociação” dentro da prática estatal, doutrina,<br>e mesmo dentro da jurisprudência da CIJ,<br>como evidenciado pelas opiniões individuais<br>de seus juízes, mas que uma interpretação restritiva<br>ao uso da força é a mais apropriada e<br>desejável.</p> <p><br>PALAVRAS-CHAVE: Jus ad bellum. Ataque<br>armado. Uso da força. Terrorismo. Direito Internacional.<br>Atores não-estatais.</p> Luíza Leão Soares Pereira Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 291 315 10.12818/P.0304-2340.2024v85p291 UNIÃO ESTÁVEL: DA INEXISTÊNCIA À INSEGURANÇA - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p317 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2757 <p>A união estável, no contexto jurídico contemporâneo,<br>apresenta-se como um tema desafiador<br>de ser conceituado devido à ambiguidade<br>de seus critérios. A linha entre a caracterização<br>e a não caracterização deste instituto torna-se<br>tênue, refletindo a oscilação jurisprudencial<br>entre a flexibilização e a restrição de seus requisitos,<br>bem como a crescente equiparação<br>com o casamento. Essa insegurança jurídica é<br>evidenciada na aplicação casuística do conceito,<br>que ora reconhece a união estável em casos<br>de convivência duradoura, ora a rejeita. Este<br>artigo tem, portanto, como objetivo-geral, realizar<br>uma análise crítica desse cenário, desde<br>uma abordagem histórica até a investigação<br>de casos concretos, especialmente julgados<br>pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O método<br>utilizado foi analítico, de forma a avaliar<br>a regulação excessiva do Direito de Família,<br>propondo-se a reflexão sobre a desregulação<br>como possível solução. Como resultados, o<br>trabalho aponta questões relacionadas à liberdade<br>de escolha entre o casamento e a união<br>estável, destacando-se como conclusão a necessidade<br>de correções no atual panorama jurídico<br>para mitigar a insegurança e as falhas<br>presentes. O artigo contribui, assim, para o<br>entendimento das lacunas e das contradições<br>na aplicação da união estável, evidenciando a<br>transição da inexistência para a insegurança<br>jurídica neste contexto.</p> <p>PALAVRAS-CHAVE: Direito de Família.<br>União estável. Convivência duradoura. Insegurança<br>jurídica.</p> Osvaldo José Gonçalves de Mesquita Filho Marcelo de Oliveira Milagres Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 317 346 10.12818/P.0304-2340.2024v85p317 IL RAPPORTO TRA PROCEDIMENTO E PROCESSO AMMINISTRATIVO NELL’ESPERIENZA ITALIANA - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p347 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2756 <p>Il saggio si propone di analizzare un tema che<br>ha tradizionalmente impegnato la migliore<br>dottrina italiana, ma riveste una perdurante<br>attualità come i rapporti tra procedimento e<br>processo amministrativo in Italia.<br>Per una più efficace comprensione delle problematiche<br>che esso implica, trattate nella parte<br>finale dello scritto, essa è preceduta, oltre<br>che da una premessa recante alcune precisazioni<br>terminologiche, da una prima parte riguardante<br>nozione e aspetti essenziali del procedimento<br>amministrativo nella dottrina e nella<br>legislazione italiana (legge 7 agosto 1990, n.<br>241) e da una seconda parte contenente una<br>breve analisi delle caratteristiche del processo<br>amministrativo in Italia.<br>Nella terza parte si analizzeranno in particolare<br>tre modelli di rapporto tra procedimento<br>amministrativo e processo: quello della separazione-<br>indifferenza, quello dell’alternatività<br>e quello della complementarietà-integrazione.<br>Si terrà conto inoltre dell’evoluzione della tematica<br>alla luce delle modificazioni intervenute<br>nel corso del tempo nella legge n. 241, per<br>accennare in conclusione agli sviluppi sollecitati<br>dai fenomeni di automazione dei processi<br>decisionali delle amministrazioni.</p> <p><br>PAROLE CHIAVE: Procedimento amministrativo.<br>Processo amministrativo. Processi<br>decisionali automatizzati.</p> Paolo Duret Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 347 371 10.12818/P.0304-2340.2024v85p347 SOBRE LA CREACIÓN DE LA REPÚBLICA Y LA EFICACIA DE LA CONSTITUCIÓN (1825-1832) - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p373 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2753 <p>La creación del Estado Oriental del Uruguay<br>fue la consecuencia de un complejo proceso<br>que ha sido estudiado extensamente por la<br>historiografía nacional. Sin embargo, los<br>constitucionalistas uruguayos se han dedicado<br>a describir la organización administrativa y la<br>consagración de los derechos fundamentales<br>en la primera Carta Magna, aportando un<br>enfoque técnico que prescinde del análisis de<br>las circunstancias fácticas que dificultaron su<br>efectividad. En este sentido, el trabajo propone<br>analizar la Constitución uruguaya de 1830<br>no solo como un problema estrictamente<br>jurídico sino como un problema histórico,<br>que abordaremos a través de la exposición<br>publicada por Juan Antonio Lavalleja en 1833,<br>con el objeto de estudiar el proceso de creación<br>de la República y analizar la trascendencia de<br>la Constitución en el discurso político de los<br>primeros años del Estado Oriental.</p> <p><br>PALABRAS CLAVE: Constitución de 1830.<br>Uruguay. Historia. Derecho. Discurso político.</p> Ramiro Castro Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 373 395 10.12818/P.0304-2340.2024v85p373 SECULARISMO E INCLUSÃO SOCIAL: LAICIDADE COMO BASE PARA OS DIREITOS DA COMUNIDADE LGBTQIAPN+ - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p397 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2751 <p>Este trabalho adota uma abordagem analítico-<br>-descritiva para explorar como o princípio da<br>laicidade influencia a garantia dos direitos da<br>comunidade LGBTQIAPN+. O estudo propõe<br>uma análise crítica de como a separação entre<br>Estado e religião pode fortalecer os princípios<br>de igualdade, respeito à diversidade e direitos<br>individuais. Desde a influência histórica da<br>Igreja Católica na política brasileira até a promulgação<br>da Constituição de 1891, que estabeleceu<br>oficialmente a separação entre Estado<br>e igreja, o texto reflete sobre os desafios contemporâneos<br>de manter um estado secular em<br>uma sociedade plural. Destaca-se a relevância<br>da laicidade não apenas como um mecanismo<br>de neutralidade estatal, mas como um recurso<br>essencial para a promoção de uma sociedade<br>verdadeiramente inclusiva e justa para todos,<br>incluindo a comunidade LGBTQIAPN+. O artigo<br>conclui sublinhando a necessidade de um<br>secularismo proativo que abrace a diversidade<br>e assegure os direitos fundamentais de todos<br>os cidadãos, independentemente de sua orientação<br>sexual ou identidade de gênero</p> <p><br>PALAVRAS-CHAVE: Laicidade. Estado secular.<br>Direitos humanos. Comunidade lgbtqiapn+.</p> Romualdo Flávio Dropa Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 397 438 10.12818/P.0304-2340.2024v85p397 O RECONHECIMENTO DO ESTADO DE CALAMIDADE FINANCEIRA MUNICIPAL NA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL E A VIOLAÇÃO AO SISTEMA CONSTITUCIONAL DE CONTROLE EXTERNO - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p439 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2749 <p>O presente artigo tem como estudo o instituto<br>da declaração e o reconhecimento do estado<br>de calamidade financeira municipal, a inserção<br>em regime de afrouxamento ao cumprimento<br>de regras orçamentárias nos termos do art. 65<br>da Lei de Responsabilidade Fiscal. O estudo<br>inicia com análise da gestão pública e o exercício<br>da atividade financeira do Estado, com<br>breve verificação histórica sobre a reforma na<br>administração pública que redefiniu a gestão<br>pública. Seguidamente, será avaliado o tema<br>de controle da atividade financeiro do Estado<br>no Brasil perlustrando o conceito, a legislação<br>infraconstitucional e o tratamento outorgado<br>pela Constituição Federal. Noutro momento,<br>será debruçado estudo sobre a Lei de Responsabilidade<br>Fiscal com análise pormenorizada<br>do instituto da calamidade financeira no município<br>prevista no art. 65 da LRF. Passa-se,<br>em seguida, a verificar a incompetência outorgada<br>por norma infraconstitucional das Assembleias<br>Legislativas em reconhecer a calamidade<br>financeira dos municípios com violação<br>a dispositivos constitucionais. Finalmente, é<br>verificado a ausência de normatização quanto<br>aos critérios identificadores do estado calamitoso<br>que pode resultar no uso desordenado do<br>presente instituto. Para o estudo, utilizou-se do método dedutivo com ampla pesquisa exploratória<br>bibliográfica em livros e revistas.</p> <p><br>PALAVRAS-CHAVE: Controle externo. Calamidade<br>Financeira Municipal. Lei de Responsabilidade<br>Fiscal. Inconstitucionalidade.</p> Sandro Marcos Godoy Carlos Alexandre Lima de Souza Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 439 458 10.12818/P.0304-2340.2024v85p439 PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO SISTEMA NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO DO BRASIL: ACESSIBILIDADE E ALTERIDADE NA CONSTRUÇÃO DE UMA PEDAGOGIA DO ACOLHIMENTO - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2024v85p459 https://revista.direito.ufmg.br/index.php/revista/article/view/2746 <p>A pós-graduação possibilita a formação de<br>pesquisadores, difusores do conhecimento e<br>a carreira de docente que permite representação<br>e projeção social. Pensar na pessoa com<br>deficiência (PCD) na pós-graduação é pensar<br>numa possibilidade de emancipação e ressignificação<br>de seu papel social. Todavia, tal<br>percurso apresenta diversas dificuldades, de<br>modo que o problema que orienta esta pesquisa<br>é: sob quais condições a dimensão de<br>alteridade intrínseca à acessibilidade atitudinal<br>pode implicar a construção de uma pedagogia<br>do acolhimento no sistema nacional de<br>pós-graduação brasileiro? A hipótese é pela<br>insuficiência da mera inserção sem a acessibilidade.<br>O objetivo geral de pesquisa é propor<br>uma dimensão de acessibilidade da PCD na<br>pós-graduação a partir da ética da alteridade,<br>fundamentada em Emmanuel Lévinas. Os<br>objetivos específicos do texto, que se refletem<br>em suas seções de desenvolvimento, são: a)<br>expor a dimensão da acessibilidade e educação<br>da PCD na pós-graduação, com ênfase na perspectiva finalística desta categoria; e b) formular<br>uma dimensão ética de acessibilidade à<br>PCD na pós-graduação a partir de Emmanuel<br>Lévinas. A metodologia utilizada é a metafenomenologia<br>levinasiana, valendo-se, inclusive,<br>de relatos de PCD. Ao final formulou-se<br>uma proposta de pedagogia do acolhimento.</p> <p><br>PALAVRAS-CHAVES: Pessoa com deficiência<br>na pós-graduação. Acessibilidade atitudinal.<br>Pedagogia do acolhimento. Emmanuel Lévinas.</p> Walter Lucas Ikeda Maiquel Ângelo Dezordi Wermuth Copyright (c) 2024 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG 2024-10-30 2024-10-30 85 459 477 10.12818/P.0304-2340.2024v85p459